quarta-feira, maio 13, 2009

CONFUCIONISMO - XINTOISMO - TAOISMO


As doutrinas do filósofo Confúcio (Kung-Fung-Tsen 551-479 a.C.) eram formadas por uma série de idéias filosóficas e políticas que formavam os pilares do governo e da burocracia na China imperial. Foi uma espécie de religião estatal que prevaleceu na China até o último imperador.

Uma das idéias fundamentais do confucionismo era que a natureza e o universo estão em harmonia e isto deve se aplicar também ao homem. O Tao é a harmonia predominante no universo, o bom e equilibrado relacionamento entre todas as coisas. Da mesma forma, a sociedade e o indivíduo devem viver em harmonia, pois só assim ele encontrará o incentivo necessário ao Te, o caminho certo para a ação.
Confúcio via o homem como naturalmente bom e pregava que todo mal brota da falta de conhecimento. A fim de alcançar harmonia com o Tao, homem precisa de conhecimento e compreensão, o que ele pode obter estudando o passado, a tradição. A educação, portanto era fundamental em sua doutrina. Seus conceitos mais importantes e o ideal para todos os homens são: piedade filial, respeito e reverência.

Confúcio era essencialmente prático, mas aceitava que os deuses populares fossem cultuados adequadamente, com rituais, sacrifícios e cerimoniais corretos, pois isso demonstrava a piedade filial do indivíduo, mas, de maneira geral, não se atinha a assuntos metafísicos e religiosos. Consta que ele foi o autor das seguintes frases: “Mostre respeito pelos deuses, mas mantenha-os á distância”. “Quando não se compreende nem sequer a vida, como se pode compreender a morte".


XINTOISMO


O culto aos antepassados é um ponto comum na vida religiosa tanto na China pré-comunista e no Japão. Trata-se de um dos elementos básicos tanto do confucionismo como do xintoísmo (caminho dos deuses). Nesses dois países é tradição de que várias religiões coexistiram lado a lado, como também se influenciaram mutuamente.

O xintoísmo não tem fundador, é a religião nacional do Japão, que ao longo dos séculos adotou tradições de outros cultos, como o budismo. A essência do xintoísmo são a cerimônia e o ritual, que mantêm o contato com o divino. O culto aos espíritos naturais e o culto aos antepassados é fundamental ao xintoísmo. Segundo a mitologia nipônica, um casal divino, Izanagui e Izanami, desceram do céu e geraram as ilhas japonesas, depois o resto do mundo e uma série de deuses, os Kamis, que por sua vez conceberam os primeiros seres humanos.O mais importante dos Kamis, Amaterasu, a deusa do sol, enviou seu neto á terra e um de seus descendentes tornou-se o primeiro imperador do Japão. Aos poucos foi impregnando na cultura japonesa, considerar a figura do imperador como um Kami vivo. Isto se acentuou a partir de 1867, quando o xintoísmo se tornou uma religião estatal e vários elementos budistas foram expurgados de sua cultura.

Os três símbolos mais importantes do xintoísmo são: um espelho, uma jóia ornamental e uma espada, que ficam guardadas em três dos maiores templos. Esses símbolos estão ligados a um mito relativo à deusa do sol, Amaterasu e ao primeiro imperador do Japão. Cada templo xintoísta é a morada de um Kami, o local onde ele deve ser cultuado segundo certos rituais. Esses rituais devem ser conduzidos pelos sacerdotes, nas cerimônias diárias e nas grandes festas anuais dos templos. Os quatro aspectos principais do culto são:
- Purificação - O objetivo da purificação é banir tudo que seja mau ou injusto, tudo que possa pôr em perigo a relação do indivíduo com os Kamis. É simbolizado por lavar a boca e a ponta dos dedos e pelo sacerdote ao agitar um cajado especial diante dos indivíduos e objetos a serem purificados.
- Sacrifícios - Compreendem as oferendas feitas em honra dos Kamis: dinheiro, alimentos ou bebidas. Bem como atividades artísticas, religiosas e esportistas feitas em honra dos deuses.
- Orações - Feitas em louvor ao Kami a quem se dirige como forma de gratidão pela sua benevolência e também pedidos.
- Refeição Sagrada – Na conclusão das cerimônias há uma refeição com os Kamis, composta de vinho e arroz, o naorai.


TAOISMO

Lao-Tse foi um filósofo anterior, mas quase que contemporâneo de Confúcio, é o autor do pequeno livro Tao Te Ching, o livro do Tao - Harmonia no Universo e do Te - Força Vital. Lao-Tse pregava ser impossível descrever o Tao de forma direta, racional, não se pode usar o intelecto para compreendê-lo. O Tao que pode ser descrito não é o Tao real. O homem deve meditar tranqüilamente para alcançar a união com Tao e será preenchido pelo Te, a Força Vital.

O taoísmo implica em passividade e não em atividade, pois acreditava que assim sua Força Vital permaneceria saudável e pura. Enquanto Confúcio procurava educar o homem pelo conhecimento, Lao-Tse preferia que as pessoas permanecessem ingênuas e simples. Para o taoísmo, o líder de uma aldeia, pacífica e feliz, deveria ser um filósofo, e sua única tarefa era que sua passividade e seu distanciamento servissem de exemplo para os demais.


Fonte :http://www.luzcosmica.com.br/ebook_revelacao/capitulo3.php

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