terça-feira, outubro 26, 2010

NÃO PROCURE A ESPIRITUALIDADE E SIM A FELICIDADE



Por José Eduardo O. Borba


Imenso é o absurdo, nos dias de hoje, alguém dizer que não devemos procurar a espiritualidade e sim a nossa felicidade.

Realmente, concordo plenamente que é inacreditável ou uma loucura alguém dizer isto, nestes momentos de transição que estamos passando e também pelas inúmeras mensagens que estamos recebendo para nos orientar nestas mudanças.

Sim, absurdo e loucura, e esta é a nossa primeira reação ou impressão inicial com relação a estes dizeres.

Mas, paremos um pouquinho para analisar.

Talvez este seja outro absurdo e loucura, pararmos nos atuais momentos justamente quando tudo está por demais acelerado.

Exatamente, tudo está muito rápido que por vezes perdemos o nosso controle por deixarmos nos levar por esta imensa onda de acontecimentos.

Pararmos? – Não seria isto, nestes tempos, remar contra a maré ou estagnação?

Pararmos hoje significa sabedoria, crescimento ou evolução.

Sabedoria para discernir o que realmente está acontecendo.

Discernir que há um imenso propósito por detrás deste aparente caos e que o mesmo é resultante da incompatibilidade vibracional que faz com que tudo e absolutamente tudo que não estiver em harmonia ou ressonância com a energia que esta sendo implantada no planeta, não mais permaneça oculta e dominante.

Parar para discernir que a vida, o ser humano e o planeta não estão caminhando para uma situação insustentável de se viver ou para sua própria destruição, muito pelo contrário, tudo o que está acontecendo faz parte de um profundo e imenso plano do Criador, no sentido de restaurar e reavivar o real objetivo da criação, que é a unificação por intermédio do amor.

Parar para discernir que não está aumentando a fraude, roubo e a violência em todos os níveis e sim, que tudo isto estava oculto e está sendo forçosamente conduzido a superfície, pela lei natural da incompatibilidade das energias, para que este sagrado espaço esteja livre para a recepção da nova energia.

O Planeta está recebendo inúmeras mensagens, diariamente, no sentido de nos orientarmos de como devemos proceder ou nos
conduzir para preencher este espaço que está sendo liberado interiormente.

Mais uma vez aqui, precisamos parar para discernir que estas mensagens orientadoras nos estão oferecendo uma imensa oportunidade para nos conhecer, unificar e vivermos o que realmente somos e não para começarmos a ser espirituais.

Precisamos nos conscientizar que a palavra “espiritual” é uma denominação nossa para que possamos compreender a existência de algo que não é matéria como a conhecemos e sim algo fruto da Criação ou de Deus.

O desconhecimento desta compreensão nos tem causado um imenso problema, pois, quanto ouvimos falar a palavra “espiritual”,
automaticamente qualificamos o nosso semelhante como pertencente a esta ou aquela religião.

Espirituais somos desde o primeiro instante de nossa Criação ou de nossa existência, independente de seita, filosofia ou religião.

Por inúmeros motivos, aqui nesta dimensão, separamos o que realmente constitui o nosso todo ou o que somos.

Por natureza ou origem, somos todos espirituais.

Sim, a espiritualidade, denominação nossa, faz parte e está contida em nosso todo assim como o nosso coração ou qualquer outro órgão faz parte de nosso todo.
Precisamos nos conhecer um pouquinho mais para que possamos nos conectar com a nossa espiritualidade e sermos espirituais.

Criados fomos por algo imenso, infinito o qual denominamos como a pura energia, a pura luz, o puro amor - “Deus”.

Deus se manifestou e criou e toda a sua criação traz consigo um todo potencial herdado e entre eles o de criar.

Esta primeira criação, através de seu potencial, também criou e esta igualmente criou e assim sucessivamente.

E todas as gerações criadas transmitiam o potencial herdado de uma para a outra com o objetivo único de expandir em todo o universo criado o potencial herdado, ou seja, a pura energia, a pura luz, o puro amor.

Em momento da eternidade uma criação criou algo e o aperfeiçoou para que, em um ambiente diferente de seu criador, também atendesse o objetivo inicial que é a continuidade do potencial herdado.

Este algo extremamente aperfeiçoado somos nós, que durante tempos éramos unos como o nosso criador, ou seja, diretamente ligados ou conectados como se fossemos dois em um.

Tão aperfeiçoados éramos que em um determinado momento, e por diversos motivos, fomos criando uma personalidade própria e se desviando do objetivo inicial.

E quanto mais nos desviávamos do objetivo, mais ficávamos distante da conexão.

Esta explicação é por demais resumida e simples para que possamos nos conhecer melhor.

Precisamos nos conscientizar que toda criação possui em si mesma, um espaço, um ponto ou uma energia igual e na mesma freqüência de seu criador, caso contrário, não haveria a ligação ou a conexão e também a finalidade da criação.

Foi neste sentido que a essência Cristica de Jesus, ou seja, o seu próprio Criador no seu mais elevado nível ou uma de suas primeiras ascendências, falou através Dele e por intermédio da conexão, “ninguém vai ao Pai a não ser por mim”.

Quis dizer ele que nenhum Ser chegará ao Primeiro Criador a não ser pela conexão aos níveis de criação de seu próprio Ser.

Tudo está interligado pela mesma energia transmitida de gerações para gerações ou de criação para criação.

Como podemos notar, possuímos em nós o ponto, a energia, a freqüência ou o potencial de nosso mais imediato Criador e este também é possuidor do potencial de seu Criador imediato e assim sucessivamente acima.

Sim, possuímos, mas por não utilizarmos, por muito tempo, este imenso potencial existente, foi ele esquecido. Esquecido mas não perdido.

Novamente estamos buscando relembrar e reativar este elo perdido em nós.

E nesta busca incessante também estamos esquecendo que jamais encontraremos a nossa espiritualidade fora de nós.

Levados por este forte impulso interno estamos buscando a espiritualidade nas mensagens, nas religiões e filosofias, nos orientadores, nos gurus, nos guias, nos anjos e nas hierarquias divinas.

E isto é maravilhoso, mas precisamos nos conscientizar que tudo isto são apenas instrumentos ou caminhos que nos conduzem a encontrar o que desejamos dentro de nós mesmos, pelo nosso próprio esforço ou vontade.

Instrumentos e caminhos estes que nos dizem que precisamos vivenciar, em nosso dia-a-dia, um mais elevado nível em nosso modo de agir, de pensar e nos emocionar, para que possamos, desta forma, igualar a energia e sua respectiva freqüência com o elo em nós contido, o qual nos levará a viver plenamente.

Portanto, busquemos nos conhecer interiormente para que possamos discernir em nós, as forças ou energias discordantes que nos causam um imenso conflito e que não permitem que cheguemos a conquistar o equilíbrio interno.

Ao reconhecermos em nós estas energias, não mais as alimentaremos e sim, sustentaremos cada vez aquelas que nos conduzirão ao equilíbrio.

E na conquista do equilíbrio, sentiremos uma enorme paz, que por muito tempo não sentíamos, devido a ausência do conflito.

E neste estado de paz, constataremos que valeu a pena todo o esforço, toda a disciplina no modo de um viver.

E não querendo mais sair desta paz, continuaremos, cada vez mais, interiorizando o máximo possível de coisas ou energias boas e, assim agindo, o nosso coração responderá reciprocamente com a felicidade.

Sejamos felizes e estaremos sendo o que realmente somos, espirituais.


José Eduardo O. Borba


24/10/10
Anjo de Luz

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