sexta-feira, maio 15, 2009

MOSAÍSMO - ISLAMISMO



SEMITAS HEBREUS - MOSAÍSMO

A tradição Bíblica ensina que Abraão saiu da cidade de Ur, atual sul do Iraque por volta de 1800 AC. Mais tarde Jacó, neto de Abraão, gerou doze filhos, dos quais geraram as doze tribos de Israel. A história de José, um dos filhos de Jacó, narra como os israelitas foram parar no Egito, onde acabaram sendo escravizados. A Bíblia conta como Moisés os retirou dali e levou-os a vagar durante quarenta anos pelo deserto até alcançarem Canaã, a Terra Prometida.

Moisés, iniciado pelos sacerdotes nos mistérios dos templos egípcios, guiou o Êxodo de seu povo pelo deserto, em direção à Palestina. Para poder controlar aquela turba agitada e belicosa, às vezes, utilizava seus poderes ocultos, oriundos dos seus próprios conhecimentos das forças da natureza, como se fossem outorgados diretamente por Deus. Através das Tábuas da Lei, contendo os Dez Mandamentos, Moisés foi o primeiro a rasgar os pesados véus, que cobriam os elevados conhecimentos antigos, filtrando a Luz da Verdade, de modo a ser compreendida pelo povo hebreu, e, mais tarde, pelo mundo.



Por volta de 1000 AC Saul introduziu a monarquia, mas foi no reinado de Davi e Salomão que Israel se tornou uma grande potência política. Foi Salomão quem construiu o grande Templo de Jerusalém, em cujo santuário interno estava depositado a Arca da Aliança, que continha os Dez Mandamentos. O reino de Israel começou a entrar em decadência moral e política, isto provocou severa condenação dos profetas, principalmente Amós, que viveu cerca de 750 AC. Os profetas davam mais peso á justiça e aos ideais morais e éticos, do que aos rituais e sacrifícios sangrentos no Templo.

Posteriormente a civilização hebraica foi dividida em dois reinos: o reino do Norte, Israel, que foi devastado pelos assírios em 722 AC; o reino do Sul, Judá, que tinha Jerusalém como capital, foi conquistado pelos babilônios em 587 AC, quando o grande Templo foi destruído e a maioria da população judaica foi deportada em exílio para a Babilônia.


Após o exílio babilônico, em 516 AC os judeus reconstruíram o grande Templo, o sumo sacerdote se tornou líder do Sinédrio, o conselho dos anciãos e dos homens instruídos. A maioria dos homens instruída vinha das fileiras dos fariseus, que davam muita importância às normas de asseio e limpeza externa e também á lei escrita, contida no Pentateuco, os cinco primeiros livros de Moisés. Os judeus caíram seguidas vezes sob o domínio estrangeiro, em 70 d.C., uma revolta contra os romanos levou ao saque de Jerusalém. O Templo que fora recentemente reformado por Herodes, foi novamente arrasado, e os judeus dispersos pelo mundo. Este episódio ficou conhecido com diáspora, palavra grega que significa dispersão.


As Sagradas Escrituras judaicas compreendem o Antigo Testamento e demais livros, divididos da seguinte forma:
- A Lei: o Torá, o Pentateuco, ou os cinco livros de Moisés. Contém as normas judaicas legais e morais, escritos por um longo período e que se completou por volta de 400 AC.
- Os Livros Históricos e Proféticos: Compreende toda história do povo hebreu, o destino de Israel é constantemente interpretados à luz das exigências divinas. Os Livros Proféticos são de Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores.
- Os demais Livros: Os Salmos de Davi, compostos sobretudos para os serviços e as festas do Grande Templo. São divididos em três principais tipos: os cânticos de louvor, de lamentações ou orações e de ação de graça. O Livro de Jó aborda o sofrimento do homem e a Justiça de Deus. O Livro de Daniel é a mais recente escritura do Velho Testamento, é a Revelação de Deus para os destinos do mundo. O Talmude ou Lei Falada – contêm leis, regras, preceitos morais, comentários, conjunto de regras e mandamentos transmitidos oralmente pelos rabinos seus ensinamentos.

O credo judaico é baseado principalmente na seguinte frase: “Ouve, ó Israel: Iahveh nosso Deus é o único Iahveh”. O Deus único é o criador do mundo e o senhor da história. Toda vida depende Dele e tudo que é bom flui Dele. O nome de Deus é representado pelas letras IHVH, um acrônimo hebraico que significa “Eu Sou Quem Sou”.
Numa sinagoga judaica não há imagens religiosas, o ponto mais importante de uma sinagoga é a Arca, que fica na parede oriental, na direção de Jerusalém. Ali se guarda os rolos de pergaminho que contém o Torá, A Lei. Os judeus guardam o Shabat, que dura desde o pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado. Os judeus têm regras de alimentação próprias, onde existem os alimentos permitidos, os kosher, e os não permitidos.


Basicamente o que Ramatis diz sobre os hebreus é o seguinte:

A história desse povo está contida no Velho Testamento, que é também uma Revelação Religiosa. Todavia, não se pode atribuir, ao seu texto, o caráter vertical de Palavra de Deus, como se proviesse realmente da Mente Divina. No Velho Testamento os hebreus misturaram seus costumes, sistemas de governo e sua vida profana, com a Revelação Divina. Atribuíram sua insanidade e a violência fanática de seus líderes religiosos à própria Vontade de Deus. Expuseram em público suas mazelas íntimas. Proclamarem que Jeová protegia as tribos de Israel contra outros povos e que Deus apreciava o cheiro de sangue dos animais sacrificados em holocausto. Mas ainda assim, a Bíblia reflete a fé daquele povo, seu monoteísmo e sua preocupação com o reinado espiritual, ao contrário de outros povos da época, cuja moral mais comum se alicerçava na rapinagem, na escravidão e em orgias”.

“As raças adâmicas, de maneira geral, guardam vaga lembrança de sua vivência em Capela, passando de gerações a gerações as tradições de um paraíso perdido, mas foi na Bíblia que essas reminiscências ficaram gravadas para sempre. A Bíblia, principalmente o Gênese, é um conjunto de antigos livros, que descreviam a vida e os costumes de vários povos antigos, mais tarde esses livros foram agrupados e atribuídos a um só povo: o hebreu. Entre os exilados de Capela, foram os hebreus que até hoje constituíram na Terra, a raça mais homogênea, mantendo seus principais caracteres, ao longo de todas as mutações. Apesar de nômades, inquietos e indolentes, mantinham intacta sua fortaleza monoteísta, acreditando somente na existência de um Deus Todo-Poderoso, por temor e amor ao qual sofriam todas as injurias e toleravam todos os martírios. O antigo povo de Israel era constituído de seres inquietos, egocêntricos, fanáticos e orgulhosos, porém tenazes no sofrimento e inamovíveis na sua fidelidade religiosa. Consciente de seus valores espirituais, o hebreu sempre se mostrou arredio a se misturarem com outros povos”.


“Moisés recebeu no Sinai, a tábua dos Dez Mandamentos, que até hoje representam a base de toda Justiça no mundo. Este, ao unificar a Revelação Espiritual para um só Deus, Jeová, lançou as bases preliminares do Cristianismo, aplainando o caminho do Mestre Jesus, dispensando-o do trabalho de fundir diversos deuses pagãos numa só Unidade. Somente uma raça ardente e fanática em sua crença monoteísta, seria capaz de corresponder ao convite espiritual de Jesus, como fizeram os judeus, feitos seus seguidores e discípulos. Não seria possível ao Mestre alicerçar Sua mensagem entre a versatilidade dos deuses pagãos da Grécia, ou dos bárbaros da Germânia, dos fanáticos da Gália, dos selvagens da África, dos feiticeiros da Caldéia ou entre as castas orgulhosas da Índia, menos ainda, entre os conquistadores romanos. Jesus não teria êxito pregando o amor, a paz, a tolerância, o perdão e a renuncia, entre as sanguinárias legiões de César. Paradoxalmente, somente o povo hebraico seria capaz de realçar a figura de Jesus no cenário do mundo”.

“Entretanto, com o advento do Messias, os saduceus, os fariseus e o clero judaico, receosos de perder seus instrumentos de poder, principalmente os sacerdotes, que cobravam pesadas taxas para manter sua vida nababesca, insuflaram o povo judeu contra o Mestre. Ao contrário do messias que almejavam, uma espécie de conquistador triunfante, cujas vitórias enaltecesse o povo de Israel e humilhasse o romano opressor, o tão aguardado Salvador chegou doce e humilde, confraternizando com os simples, socorrendo os necessitados e pregando o perdão, o amor e a paz entre os homens. Isto não foi aceito pelos muitos que ansiavam por uma desforra contra os romanos”.

Emmanuel: “Antes mesmo de se instalarem no nosso mundo, as raças adâmicas ouviram a palavra do Cristo e Sua promessa de salvação, por isso elas receberam periodicamente Seus Emissários. Esta é a razão também, porque a vinda do Salvador foi prevista séculos antes, na China, no Egito, na Pérsia e na Índia. Em todos esses lugares já era vislumbrada a história Evangélica, que os eminentes profetas hebreus, também cantaram com séculos de antecedência”.



SEMITAS ÁRABES - ISLAMISMO

Entre os descendentes diretos dos semitas da Atlântida, estão também os árabes, que pouco a pouco foram se estendendo por todo o norte da África, que acabaram por dominar por completo, com exceção do Egito, formando a Arábia. Esta raça progrediu e aumentou, durante milhares de anos, fazendo os nativos negros de escravos. Por um breve tempo conquistaram até o Egito, sob o nome de reis Hycsos. Segundo a cronologia Bíblica os árabes são descendentes diretos de Ismael, um dos filhos de Abraão.


Os árabes tiveram um novo apogeu, com o advento de Maomé, da tribo dos Quorayshitas, nascido em Meca, no ano de 570 e morto em 632 d.C. Meca não era apenas um importante centro comercial, mas também um dos centros religiosos da Arábia. As tribos nômades que viviam próximas à cidade já consideravam sagrada a pedra negra de Meca, que recebia peregrinações bem antes do advento do islamismo. A conquista maometana foi efetuada através dos sheiks ou chefes das tribos nômades, os beduínos, que vez ou outra eram contratados para escoltar as caravanas no deserto, garantindo sua segurança. Todos eles sentiam profunda atração pela atividade mais lucrativa da Arábia: o comércio.

A unificação da Arábia passou a ser o sonho de alguns membros das aristocracias mercantis urbanas. Maomé ganhou projeção, representando os ideais das aristocracias mercantis, enquanto pregava o islamismo. Surge então, o ideal do Jihad, a guerra santa: lutar, combater para acumular mais riqueza, nas mãos dos grandes comerciantes árabes. As guerras santas islâmicas começaram com Maomé, ao assaltar as caravanas que pertenciam às famílias ricas de Meca, a fim de obter o controle dessa cidade e da pedra sagrada Caaba. O ideal do Jihad não era para difundir a nova religião, conforme foi pregado, mas sim para alargar os domínios árabes e aumentar a possibilidade de comércio.
A pregação islâmica representava a influência de outras religiões, como o cristianismo, o judaísmo e crenças pré-islâmicas. Em 622 d.C., começou para a cronologia ocidental, o marco inicial da religião muçulmana. A partir desta época, com o apoio dos comerciantes, e utilizando os beduínos como soldados, Maomé transformou-se em chefe guerreiro, que fez valer suas idéias religiosas através de conquistas. A principal característica de Maomé era a sua determinação de levar a frente o seu intento e em sua própria capacidade de vencer batalhas, pois, começou chefiando apenas algumas tribos nômades e terminou por derrotar impérios. Ao desencarnar, Maomé era considerado um dirigente vitorioso, por ter estabelecido a unidade política e religiosa na Arábia.


O islamismo era uma religião de grande simplicidade, baseada em princípios de fácil compreensão. Seu credo está resumido nesta curta declaração de fé: “Não há Deus senão Alá, e Maomé é seu Profeta”. Esses dois pontos constituem o núcleo da doutrina islâmica; o monoteísmo e a revelação através de Maomé. Estes foram dois dos principais fatores que garantiram sua propagação.

Os muçulmanos sempre utilizaram a religião, segundo seus interesses políticos, que por sua vez, dependiam do comércio internacional. Com o objetivo de garantir o processo de expansão do império muçulmano, todo árabe convertido ao islamismo seria isentado de impostos, passaria a guerreiro ou funcionário do Islã, com direito a salário e uma vida sem problemas financeiros. Os habitantes das regiões dominadas podiam manter suas propriedades, costumes e a própria administração, entre outros benefícios e algumas obrigações. Inicialmente os vencidos podiam conservar suas crenças, desde que pagassem um imposto referente a esse direito. Por essas e outras razões, a adesão ao islamismo sofreu grande crescimento, sendo adotado majoritariamente pelos árabes e alguns povos da região.


O califa Omar, que tomou Jerusalém, expulsando os romanos por volta de 642 d.C. conquistou sucessivamente a Síria, o Egito e a Pérsia. Partindo do norte da África, ao morrer, o califa tinha consolidado o Império muçulmano do Afeganistão até a Espanha. O quarto califa, Ali, filho de Abu Talib, tio de Maomé, morreu assassinado e sua liderança foi cheia de controvérsias. Desde a sua gestão ocorreu o cisma no islamismo. A facção xiita (Shiat Ali) acreditava que o líder deveria ser um descendente direto do profeta, ao passo que a facção maior, sunita, achava que a liderança deveria caber a quem de fato controlava o poder.

Na idade média, durante as cruzadas, os francos reconquistaram Jerusalém, onde judeus e muçulmanos viviam em relativa harmonia. Em 1187 Saladino, hábil guerreiro, reconquistou Jerusalém para os muçulmanos.

Muitos muçulmanos se indignaram com a vida luxuosa que passara a reinar na corte do califa de Bagdá e se retiraram para o interior do deserto para levar uma vida puritana, formando o movimento sufista. O sufismo não é uma tendência organizada, pois podem ser tanto xiitas como sunitas.


As obrigações religiosas dos muçulmanos estão fundamentadas em cinco pilares:

1- Credo: “Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta”. Esse credo é repetido pelos fiéis várias vezes todos os dias e proclamado do alto dos minaretes nas horas de oração.
2- Oração: O islã requer que seus fiéis digam suas preces cinco vezes ao dia, preferencialmente nas Mesquitas, mas podem ser feitas em qualquer lugar, voltadas para Meca.
3- Caridade: É uma taxa ou imposto formal sobre a riqueza e a propriedade, com o objetivo de diminuir as desigualdades entre ricos e pobres.
4- Jejum: O Corão proíbe o álcool e comer carne de porco, por ser um animal impuro. Prega o jejum durante o Ramadan, o nono mês do ano lunar, entre o nascer e o por do sol.
5- Peregrinação à Meca: Todo muçulmano adulto deve fazer uma peregrinação à Meca, ao menos uma vez na vida.


O islã se espalhou pela Ásia e pela África e entre os séculos VIII e XV, os árabes dominaram a parte sul da Espanha. Eles romperam com o califa de Bagdá e estabeleceram seu próprio califado em Córdoba, tornando essa cidade em um grande centro cultural. O islã predomina por vastas áreas da África Oriental e Ocidental. Avançou também em direção ao Oriente, dominando parte da antiga Índia, hoje Paquistão e Bangladesh.


Fonte :http://www.luzcosmica.com.br/ebook_revelacao/capitulo3.php

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