Sarah Varcas,
23 de julho de 2013
No rastro da Lua Cheia, nós nos encontramos numa janela de oportunidade que durará até a Lua Azul de 20/21 de agosto. Esta oportunidade pode ser muito favorável e preciosa, se estivermos preparados para abraçá-la e fazer a nossa parte. Entretanto, se a deixarmos escapar, poderemos lamentar nossa falta de entusiasmo por ela, nos próximos meses. É a oportunidade de descobrir como lidar com energias poderosas em nossas vidas, transmutando o que a princípio pode parecer prejudicial em algo bem mais criativo e positivo.
Este ato de alquimia energética é um dos maiores desafios para o ser humano. O ego gosta tanto de se prender a experiências aparentemente negativas e transformá-las numa refeição! Se deixássemos por conta dele, todo dia seria um drama Shakespeareano de jogos de poder, batalhas entre vontades e lutas mortais, tal é o relacionamento do ego com os melodramas da vida.
Mas o desafio que temos diante de nós agora é levar a vida de forma diferente. Não, as coisas nem sempre caminham do jeito que esperávamos, as pessoas não agem do jeito que gostaríamos e não se comportam como nos comportaríamos… mas, e daí? Esta é a natureza da vida. Para cada vez que ficamos frustrados com alguém, existe alguém igualmente frustrado conosco; para cada ocasião em que cedemos às exigências de outrem, há alguém que também cedeu às nossas exigências da mesma forma em algum momento… e há grandes chances de que nem sequer o percebemos! Dar e receber – os altos e baixos da vida – significam que estas coisas ocorrem todos os dias e, se permitirmos que o ego continue fazendo uma grande novela de tudo, então, francamente, depois de tudo que aprendemos nos últimos anos, que esperança existe?!
Portanto, este mês é um momento para fazermos tudo diferente, começando hoje. Na chegada da Lua Azul daqui a um mês, teremos a oportunidade de fechar a cortina sobre algumas partes de nossas vidas que realmente já ultrapassaram o limite da nossa acolhida e devem ser liberadas. Quando esse momento chegar, precisaremos ter bastante clareza sobre quais são essas partes e providenciar para que elas estejam de malas prontas para partir, dando-lhes um adeus firme e final, enquanto as observamos desaparecendo no horizonte. E para que possamos fazer tudo isso, podemos experimentar viver sem elas nas próximas semanas, mesmo que continuem sussurrando em nossos ouvidos diariamente.
Então este é o plano: fique atento ao momento em que o ego se liga em alguma coisa e se apronta para preparar o drama habitual. Ele geralmente usa o mesmo enredo do último drama, e do anterior a este… Pode ser algo do tipo “ninguém aprecia os meus esforços” ou talvez “sou tão inútil, que nunca vou conseguir levar isto adiante”, ou “não posso suportar a dor desta separação” Ou pode ser algo bem específico, como “sou deste jeito porque x e y aconteceram comigo e nada vai mudar isso”
É assim que o ego nos captura, identificando-nos com as condições dolorosas em nossas vidas e estimulando-nos a criar uma identidade a partir delas. É um jogo sutil e poderoso, porque fica muito mais difícil nos desapegarmos dessas condições, quando sentimos que elas são uma parte fundamental daquilo que somos. Se não conseguimos imaginar a vida sem estarmos deprimidos, estressados ou aflitos todos os dias, então realmente precisamos fazer as coisas de um modo diferente, a partir de hoje.
Não é fácil. Os seres humanos são complexos. Nossas mentes têm um grande poder sobre nós e a transformação pode ser um processo longo e doloroso nos aspectos mais densos de nossas vidas. Mas até isto está começando a mudar agora. O cadinho cósmico do mês que vem está pronto para acelerar o processo e libertar-nos das coisas que vem nos prendendo há um tempo demasiadamente longo… desde que façamos a nossa parte! Então hoje, quando nossas mentes começarem a nos contar as velhas estórias de “coitadinho de mim”, podemos parar, respirar e sorrir, lembrando que agora as coisas estão mudando e não precisamos mais agir do mesmo jeito que antes. E em seguida fazer o que faríamos se não estivéssemos vivendo aquele drama em particular, se não estivéssemos mais assumindo a velha estória sobre nós mesmos e nossas vidas.
Estamos aprendendo um novo papel agora, trabalhando com um script diferente e, assim como um ator, estamos nos preparando para o grande momento. Precisaremos de um certo tempo e de comprometimento para conseguirmos chegar lá, e quando o fizermos… bem, nossas vidas poderão ser uma performance digna de um Oscar e poderemos nos orgulhar justamente de não termos nos permitido ser moldados como algo ou alguém que não somos.
Amor para todos,
Sarah Varcas
Direitos Autorais:
© Sarah Varcas. Todos os direitos reservados. É dada permissão para compartilhar livremente este artigo em sua totalidade, desde que seja dado todo crédito ao autor. E que seja citado o site onde este texto é oferecido gratuitamente: www.astro-awakenings.co.uk.
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
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