Mensagem de Dana Mrkich,
21 de dezembro de 2012
No outro dia alguém publicou num fórum que o tiroteio em Connecticut fê-lo(a)
sentir como se não estivesse em curso nenhum despertar em massa e, na verdade,
essas coisas pareceram pior do que nunca. Agora, com apenas alguns dias antes da
data na qual muitos depositaram as suas esperanças e expetativas para um
“despertar em massa”, é importante ficar esclarecido aquilo que definimos como
um despertar em massa.
O nosso despertar em massa não significa que da
noite para o dia passemos deste mundo que é como é agora, para um paraíso
maravilhoso. Não pode ser. Tem que haver uma ponte. Despertar permite-nos ver
essa ponte. Ajuda-nos a atravessá-la. Dá-nos mesmo uma miríade de ideias,
sincronicidades, ferramentas, recursos, emoções e um número sem fim de outras
coisas que asseguram que tenhamos tudo aquilo de que precisamos para criar algo
de novo. Despertar fornece-nos os ingredientes – nós decidimos o que fazer com
esse despertar.
Despertar permite que se veja e se sinta claramente, que
se veja e sinta a partir de uma nova perspetiva, mais elevada. Despertar permite
que a vida seja mais orientada pelo coração e menos pela mente. Despertar
encoraja o eu a seguir as suas próprias intuições e verdade, em vez de ser
negativamente influenciado pelos outros. Despertar oferece força, coragem e
capacidade onde talvez anteriormente houvesse falta dessas coisas. Despertar,
principalmente nas suas fases iniciais, pode desencadear muitas coisas: paz
interior como nunca sentiram antes, tristeza como nunca sentiram antes, fúria
como nunca sentiram antes, alegria como nunca sentiram antes… estão a perceber a
ideia.
Existe um mal-entendido sobre o despertar ter a ver completamente
com felicidade e perfeição e apenas felicidade e perfeição. Embora uma vida
desperta vos abra para maiores quantidades de verdadeira felicidade, não há nada
de desperto em negar aqueles aspetos da realidade – tanto dentro de nós como no
mundo exterior – que são desconfortáveis de sentir e enfrentar. Estes são
poderosos mensageiros. Quando temos a coragem e a consciência de sentir e
enfrentar verdadeiramente esses mensageiros, eles possuem o potencial de nos
despertar mais e de nos agitarem na direção da ação consciente e da mudança
transformadora.
Quando o véu é levantado dos olhos que estavam tapados,
de um coração que estava escondido, de uma alma que estava nas sombras, a
capacidade de amar aumenta e o transbordar de dor e mágoa após um evento trágico
também é aumentado.
O apelo para serem tomadas medidas sobre o controlo
de armas e a saúde mental não tem precedentes, tanto em termos de números de
pessoas como da emoção que está a conduzir essas pessoas. Houve tantos
acontecimentos este ano que tiveram respostas emocionais sem precedentes das
massas das pessoas que estão, sim, a despertar!
Assim, vejo um despertar
em massa em andamento, e a onda está a ficar mais forte, maior e mais intensa a
cada dia. Embora estejamos a sentir grande tristeza devido a este evento e a
muitos outros, repararam que estamos também a sentir um grande amor? Sabemo-lo
porque tanta tristeza unida não seria possível a menos que os nossos corações
estivessem abertos para níveis que não estavam antes, e conectados de maneiras
que não estavam antes.
Há um despertar em massa em curso? Oh, sim, há.
Este despertar em massa inclui lágrimas e petições e orações. Inclui amor e luto
e choque. Assim, para todos aqueles à espera que uma onda de amor desça sobre
eles que faça com que tudo se pareça com um paraíso… tivemos onda após onda
desse amor o ano todo. Mais ondas estão a chegar nos próximos dias, semanas,
meses e anos. As ondas estão a ajudar-nos a criar o nosso Paraíso, mas não irão
criar o nosso Paraíso por nós. Estão a acordar-nos do nosso sono, da nossa
apatia e negação. Estão a ativar-nos para enfrentarmos a nossa verdade – pessoal
e coletiva. Estão a incentivar-nos a assumirmos o nosso poder e fazer o que
precisa de ser feito para criarmos o mundo que todos merecemos. As ondas irão
desenterrar cada última coisa que precisa de ser curada e mudada, até que a
curemos e mudemos. Nem sempre será bonito. Nem sempre será fácil. Mas agora cada
vez mais de nós sentiremos o Amor que nos está a preencher, a envolver, a apoiar
e orientar, de formas maiores e mais profundas, não importa que eventos e
experiências nos encontremos a viver ou a observar. Iremos sentir o AMOR que É
nós e sentir-nos impulsionados a agir de acordo com qualquer que seja a forma
menor ou maior, em silêncio ou em voz alta, pessoal ou comunitariamente, que
pareça mais certa para nós. Tudo contribui para o nosso mundo novo.
© Dana Mrkich 2010. É concedida permissão para partilhar este artigo de forma
gratuita na condição de que o autor seja creditado, e o URL www.danamrkick.com incluído. Siga Dana no
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Tradução (PT - Portugal) : Ana Belo – anatbelo@hotmail.com
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