quinta-feira, setembro 29, 2011

PODE EXISTIR UMA TEOLOGIA SIGNIFICATIVA SEM UM DEUS EXIGENTE?


Mensagem de Neale Donald Walsch
20 de Julho de 2011

Como sabeis se tendes vindo aqui visitar com regularidade, temos estado a olhar para a questão do que é, exactamente, que Deus quer de todos nós e de cada um de nós. E na nossa última coluna revelámos aquilo que eu profundamente acredito (e foi dito por Deus) ser a verdade: Deus não quer absolutamente nada.
Hoje vamos continuar esta busca com uma questão: Pode existir algum tipo de teologia significativa se temos um Deus que não quer nada?
Se dissermos que Deus não quer nada, é o mesmo que dizermos que Deus não existe de todo? Se todos concordamos que existe um Deus, mas que não há nada que Deus queira, então o que está Deus a fazer? Qual é o propósito da função de Deus? Porquê acreditar em Deus? Quem precisa de um?
Algumas pessoas fizeram estas perguntas e afastaram-se sacudindo os ombros, a dizer, “Não existe razão para crer em Deus. Não precisamos de um.”
Eu argumentaria, veementemente, que a primeira destas duas afirmações acima é falsa e a segunda é verdadeira. Existe uma razão – e uma muito boa – para acreditarmos em Deus, e …nós não precisamos de Deus.
A razão para acreditarmos em Deus é que esta crença abre-nos para a possibilidade do poder de Deus desempenhar um papel nas nossas vidas. Não podem usar o poder de Deus se não acreditarem na existência desse poder.
No entanto, porque nos importaríamos em usar o poder de Deus se não precisamos de Deus? Questão legítima. O próprio facto de nós podermos usar o poder de Deus é por que não precisamos de Deus. A resposta é circular. Se um homem rico vos habilitar no seu testamento em que diz que vos deu todo o seu dinheiro, colocando-o num cofre para vós, então não precisais desse homem. Contudo, se não acreditardes que o homem existiu, nem sequer ireis ao cofre para ir buscar o dinheiro. Não acreditareis que o dinheiro está lá. Pensareis que é tudo um ardil, uma farsa. Sereis ricos e não o sabereis.
Deus fez-nos “à imagem e semelhança de Deus”. Esta é uma verdade. Não é simplesmente uma afirmação agradável, é o que assim é. É como as Escrituras nos dizem: “Eu não disse, Vós Sois Deuses?”
A ideia de que precisamos de Deus é uma ilusão. Trata-se de um ato de esquecimento. É o que nós imaginamos ser verdade quando nos esquecemos de quem realmente somos rejeitando a nossa herança. Se a nossa crença em Deus for baseada na ideia de que necessitamos de Deus por alguma razão, então a maior parte das nossas interações com Deus serão disfuncionais. E, obviamente, são. A questão reside aqui.
A melhor razão para acreditarmos em Deus é que nós não precisamos de Deus. Deus fez-nos capazes o suficiente para nos darmos bem, como qualquer bom pai faria. Assim, podemos abrir-nos para simplesmente amarmos Deus – e simplesmente amarmos Deus é a coisa mais poderosa que algum de nós pode fazer. Isso, porque o amor desencadeia o poder de quem somos e, quando o poder é desencadeado, não há nada que não possamos fazer. O que é, obviamente, o que Deus planeou.
Deus não planeou que fossemos dependentes Dele. Deus pretendeu que fossemos independentes. Livres. E não simplesmente livres, mas completamente capazes. De quê? De produzirmos, de criarmos, de experienciarmos o que há muito desejamos. Desde que imaginemos que precisamos de Deus para alguma coisa, nós convidamos o medo porque, claro, acreditamos que há sempre uma hipótese de Deus não nos dar o que nós precisamos.
A maior parte das interações da humanidade com Deus são disfuncionais precisamente porque a maioria criou uma relação com Deus baseada na necessidade. Esta relação não assume apenas que nós precisamos de alguma coisa de Deus mas, talvez com implicações mais profundas, que Deus precisa de algo de nós.
A relação com Deus que tantas pessoas na Terra estabeleceram desmorona-se se for verdade que Deus não quer absolutamente nada dos seres humanos. No entanto, a relação desmoronar-se não significa que tenha terminado. Às vezes as coisas precisam de ruir para se tornarem verdadeiramente claras pela primeira vez. Nem sempre é útil fugirmos das ideias que podem fazer com que as coisas se desfaçam. Então, vamos olhar de novo, e agora mais profundamente, para esta ideia:
O que quer Deus?
Nada.
Absolutamente nada.
Por favor, pensem nisso. Mesmo que discordem veementemente, pensem nisso. Especialmente se discordam, por favor pensem nisso profundamente.

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© 2010 Fundação Recreation – http://www.cwg.org – Neale Donald Walsch é um mensageiro espiritual contemporâneo cujas palavras continuam a tocar o mundo. A sua série de livros Conversas com Deus foi traduzida para 27 línguas e tem inspirado importantes mudanças nas vidas de milhões de pessoas.

Tradução: Ana Belo – anatbelo@hotmail.com

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