sexta-feira, maio 15, 2009

A EPOPÉIA DE RAMA


Entre os primitivos ários, o povo que praticamente iniciou algum tipo de culto ao Divino, foi o dos citas ou celtas. Eram mitológicos e politeístas, que erigiram por toda parte, principalmente na Grã-Bretanha, muito antes do advento dos saxões, monstruosas pedras tumulares. Eles encontraram seus deuses nos fundos dos bosques, onde as druidisas, mulheres visionárias, profetizavam. Entretanto, estas, de boas profetisas, tornaram-se péssimas mágicas, ao instituírem sacrifícios humanos, fazendo o sangue dos herolls correrem continuamente sobre os dolmens.


Rama, jovem sacerdote druida, se revoltava contra esse culto sanguinário, pois compreendia que isso traria a perdição de sua raça. Foi então que uma terrível peste caiu sobre os brancos e o inspirado druida viu, nesse flagelo, um castigo dos Céus, pelo culto sacrílego. Um dia estava meditando Rama debaixo de um carvalho quando lhe apareceu em sonho o Deva Náhuxa, que lhe indicou um ramo de visco como o remédio miraculoso para o seu povo. Com essa planta ele começou a curar todos os enfermos. Após isso, Rama foi eleito chefe dos sacerdotes druidas. Imediatamente aboliu os sacrifícios humanos, carreando para si o ódio das druidisas e de outros sacerdotes, que não queriam perder seu instrumento de poder. O povo branco se dividiu, de um lado os partidários de Thor, símbolo do Touro, da força bruta, da era que estava terminando. De outro, os partidários de Rama, cujo símbolo era o Carneiro, indicando a nova era que se iniciava. A luta fratricida era eminente, quando em sonho aparece novamente a Rama, o Deva Náhuxa, que lhe diz: “Tu espalharás o Meu fulgor sobre a Terra e Eu acudirei sempre ao teu apelo - aponta para o Oriente e diz - Segue o teu caminho. Vai!” Rama mandou então acender fogueiras no alto das montanhas durante vários meses, indicando o sinal de emigração para todos que quisessem seguir o Carneiro. Começou, assim, o culto a Agni, o Fogo sagrado.


Guiados por Rama, os árias seguiram para o Oriente, aproximadamente no século XVIII AC. Estabeleceram-se inicialmente no Irã, onde fundaram uma civilização branca. Posteriormente reiniciam sua marcha para a Índia, conforme é narrado no Zend-Avesta, por Zaratustra. Este chamou Rama de Yima, o primeiro homem branco a quem falou Ormuz, o Deus Vivo.

A marcha dos adeptos de Rama era pacífica, porém se defendiam quando atacados. Ao longo do seu caminho, no Irã e no Afeganistão, eles lutaram contra os negros, descendentes dos rutas, com suas fortalezas ciclópicas. Os sacerdotes negros impunham seu domínio pelo terror. Manipulavam energias densas do astral inferior e eram ajudados por seres malignos que tinham a forma de serpentes ou lagartos, que se alimentavam da energia dos prisioneiros brancos dos quais eles exauriam energia. Rama surgia de improviso nos templos negros, subjugando os répteis astrais, soltando os prisioneiros e expulsando os sacerdotes. Foi um confronto da magia branca contra a magia negra.
No século III AC, o poeta Valmiki narrou a epopéia de Rama, no famoso poema Ramaiana, que conta sua luta contra o mago negro Rávana, que havia raptado sua esposa Sita (*). Rama venceu e perseguiu Rávana, até o seu último refúgio, antigo Ceilão, hoje Sri Lanka.

(*) Foi em homenagem á esse épico hindu que o mestre adotou o nome de RAMA-ATIS.

Os árias, guiados por Rama, estabeleceram uma poderosa civilização espiritual na Índia, o Bramanismo, cuja escritura sagrada, em sânscrito, é os Vedas, o Conhecimento Divino. Na sua pureza iniciática o Bramanismo era bastante abstrato e não permitia estátua de deuses e seus símbolos maiores eram Agni, o Fogo sagrado e o suco de Soma, usado cerimonialmente.

Após a morte de Rama, alegando proteger a nova etnia indo-ariana e os conhecimentos bramânicos, os sacerdotes dividiram o povo em castas, identificando perfeitamente a soberba de um tipo psicológico exilado. As principais castas eram as seguintes: sacerdotes-brâmanes; guerreiros-sakyas; agricultores, comerciantes e artesões-vaisyas; servos-shudras. As duas últimas castas eram formadas por não ários. Havia uma quinta casta, denominada de intocáveis ou sem casta.


O povo hindu apesar de seu elevado grau de desenvolvimento espiritual, não aproveitou como devia, o seu acervo de experiências sagradas, pois seus habitantes deixaram tornarem-se orgulhosos. A organização das castas separara o povo para sempre. Pois elas, além de refletirem a hierarquia e superioridade dos ários, dividiram irremediavelmente os habitantes da Índia, no campo social e religioso. Os arianos não se compadeceram das raças atrasadas que encontraram pela frente e, cuja evolução, deviam encarar como seu próprio trabalho regenerador na face da Terra, pelo contrário, desprezaram muitos descendentes dos rutas, como párias da sociedade.

Absurdos sociais continuaram no seio de um povo de Mahatmas, onde os párias, considerados ralé, são obrigados a dar um sinal de alarme quando passam, a fim de que os venturosos se afastem do seu contágio maléfico! O que é de admirar, pois nenhum povo da Terra possui mais conhecimentos sobre as Leis da Reencarnação e do Carma, do que o hindu. E é sob essas mesmas Leis, que o carma se faz sentir. Os soberanos rajás e os vaidosos bem nascidos voltam às mesmas estradas que transitaram sobre elefantes ricamente ajaezados, como mendigos desventurados, exibindo suas misérias e suas indigências e colhendo o mesmo desprezo que ajudaram a semear.


A Índia é, sobretudo, uma terra de contrastes. Os iniciados, os místicos e os Mahatmas, através de seus exemplos de abnegação, paciência, tolerância e pelos seus altos ensinamentos religiosos, criaram um ambiente de enorme grandeza espiritual para seu povo. Até os dias de hoje, todo estrangeiro que visita a Índia leva profundas impressões acerca de sua sagrada atmosfera psíquica.

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